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PF prende 4 sob suspeita de espalhar 'fake news analógica' em eleições no RJ

Por Folha de São Paulo

12/09/2024 13h00 — em
Política



RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (12) quatro pessoas sob suspeita de espalhar informações falsas durante as últimas três eleições em municípios do Rio de Janeiro.

As "fake news" eram divulgadas, segundo a PF, de forma "analógica". O grupo contratava pessoas para se infiltrar "em locais com aglomerações de pessoas como pontos de ônibus, padarias, filas de bancos, bares e mercados, difundindo aos eleitores falsas afirmações sobre um determinado postulante ao cargo de prefeito".

"Apurou-se que os atores contratados, propagadores das informações falsas, recebiam R$ 2.000 por mês para exercer tal função, e que os coordenadores da empreitada criminosa recebiam dos líderes da organização a quantia mensal de R$ 5.000, além de serem contratados pela própria prefeitura", diz a PF.

Segundo a corporação, os coordenadores eram exonerados em anos eleitorais e substituídos por "laranjas" a fim de manter a remuneração com dinheiro público.

Os nomes dos presos não foram divulgados. A PF afirmou apenas que os líderes da organização criminosa "chegaram a ocupar funções públicas em diversas cidades do estado do Rio de Janeiro".

De acordo com as investigações, o grupo é de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, mas atuou em pleitos de dez municípios fluminense. A PF afirma que as últimas três eleições municipais (2016, 2020 e 2024) foram afetadas pelos investigados.

"A ‘campanha’ de propaganda criminosa possuía um processo de aferição de resultado incluído no seu planejamento, através da elaboração de relatórios diários das atividades, com a especificação da quantidade de eleitores abordados por dia, número de votantes em cada candidato e o total de eleitores convertidos para o candidato beneficiário do esquema criminoso", diz a PF.

Além das prisões, os agentes cumpriram 15 mandados de busca e apreensão. A Justiça Eleitoral determinou o bloqueio de bens no valor de R$ 1 milhão para cada investigado.


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