SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O PP confirmou nesta terça-feira (1º) a filiação do secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, após liberação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Bastidores da Política - Uma guerra: 12 mil homicídios em 8 anos no Amazonas

Bastidores da Política
Uma guerra: 12 mil homicídios em 8 anos no Amazonas

Em rede social, o presidente do PP, Ciro Nogueira anunciou a mudança e agradeceu a Bolsonaro e ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

"Hoje é dia de muita alegria para mim e para toda a família Progressistas. @derritesp vai voltar para nossa casa. Sou imensamente grato aos amigos @costanetopl @jairbolsonaro pelo ato de grandeza e generosidade ao liberarem o retorno do nosso querido Derrite ao Progressistas."

Como mostrou a Folha de S.Paulo em fevereiro, a ficha de filiação de Derrite já estava assinada, mas a mudança ainda não tinha sido anunciada, segundo a cúpula de seu novo partido, por uma questão estratégica. Oficialmente, Derrite rejeitou à época já ter batido o martelo e em nota negava que já tivesse assinado a ficha de filiação do PP.

O futuro político do secretário da Segurança, cuja pasta foi alvo de uma série de desgastes nos últimos meses, depende de sinais do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sobre disputar ou não a Presidência.

Sem isso, Derrite ainda não sabe se tentará uma cadeira no Senado ou a disputa pelo governo -caso Tarcísio opte pela reeleição, uma alternativa discutida seria integrar a chapa como vice.

Ao longo do governo Tarcísio, ao mesmo tempo em que conseguiu visibilidade, Derrite acumulou desgastes por uma série de crises na segurança. A sequência de abusos cometidos pela Polícia Militar levou Tarcísio a pedir mudanças na condução da pasta.

O assassinato de Antônio Vinícius Gritzbach à luz do dia no aeroporto de Guarulhos em novembro também gerou críticas, diante do envolvimento de policiais e das investigações que envolviam a facção criminosa PCC.