Relatório aponta que Bolsonaro tentou sabotar medidas contra a Covid-19
A atuação do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a pandemia de Covid-19 foi alvo de críticas no Relatório Mundial 2021 da ONG internacional Human Rights Watch. O documento, divulgado nesta quarta-feira (13), analisa a situação de direitos humanos em mais de 100 países.
“O presidente Bolsonaro minimizou a Covid-19, a qual chamou de 'gripezinha'; recusou-se a adotar medidas para proteger a si mesmo e as pessoas ao seu redor; disseminou informações equivocadas; e tentou impedir os governos estaduais de imporem medidas de distanciamento social”, diz o texto.
Por outro lado, a HRW ressalta esforços de instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para reduzir danos causados por decisões governamentais.
A Corte impediu tentativas federais de retirar dos estados a competência em restringir a circulação de pessoas para conter a propagação do coronavírus e determinou a divulgação de dados completos sobre a Covid-19.
Já o CNJ recomendou a juízes que reduzissem prisões provisórias durante a pandemia e considerassem a saída antecipada de alguns detentos.
O relatório menciona ainda políticas contrárias aos direitos das mulheres e das pessoas com deficiência, ataques a mídia independente, e a organizações da sociedade civil, além da ineficiência no combate ao desmatamento na Amazônia.
Segundo a Human Rights Watch, Bolsonaro incentivou o crescimento da violência policial no país.
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