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'Saiu muito sangue, achei que tinha rachado o cérebro', diz Lula sobre queda no banheiro

Por Folha de São Paulo

06/11/2024 19h45 — em
Política



BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Lula (PT) afirmou nesta quarta-feira (6) que a queda sofrida por ele no banheiro no mês passado resultou em uma "batida muito forte" da cabeça e que ele achou que "tinha rachado o cérebro".

Lula ressaltou que seguirá fazendo exames periódicos de ressonância magnética e também está "tomando muitos remédios" para a prevenção. E ainda completou que considera batida na cabeça uma "coisa muito delicada".

As declarações foram dadas em trecho de entrevista à RedeTV! divulgado nesta quarta. A íntegra do conteúdo vai ao ar no domingo (10).

O presidente descreveu como foi a sua queda, enquanto cortava unhas. Ele se desequilibrou e caiu de um banco, batendo a cabeça. Acabou internado e precisou levar pontos, além de ter sofrido uma pequena hemorragia. Por isso, precisou passar por exames ao longo da semana.

"Eu caí de onde eu nunca deveria ter caído. Veja, eu cheguei 16h30 no sábado, em casa, vindo de São Paulo e eu sentei para cortar a minha unha, cortei minha unha, lixei minha unha, sentado num banquinho que eu sempre sentei. E atrás do banco que estava sentado tem o espelho, as gavetas onde guardam as coisas e uma hidromassagem, grande, de 1,5 metros de altura. Eu estava sentado", descreveu o presidente.

"Quando eu fui guardar o estojo, ao invés de mexer com o banco, eu mexi só com o corpo. O dado concreto é o seguinte: que não teve mais espaço e aí a minha bunda não levitou. Então eu caí e bati com a cabeça. Foi uma batida muito forte, saiu muito sangue, eu achei que tinha rachado o cérebro, rachado o casco", completou.

Lula então relatou que foi levado diretamente para a unidade de Brasília do hospital Sírio Libanês. E então relatou que teve a percepção de ser uma coisa "muito mais grave"

Eu achei que era uma coisa muito mais grave. A batida mexeu com o cérebro, estou fazendo ressonância magnética, a cada três dias. Agora vou fazer uma última, uma última não, fazer uma domingo para ver se estou 100% curado", afirmou o presidente.

Lula então reconheceu que seus médicos aconselharam evitar voos prolongados, ao que decidiu cancelar todas as suas viagens aéreas. O Palácio do Planalto informou inicialmente que o cancelamento era para priorizar outras agendas, como a cúpula do G20, que será realizada no Rio de Janeiro.

"Ao mesmo tempo estou tomando muitos remédios para prevenção. Eu vou me cuidar até que os médicos dizer 'você está apto outra vez'. Porque a batida na cabeça é sempre uma coisa muito delicada. Os médicos me dizem que é preciso uns 15 dias, 20 dias, até 30 dias para saber os efeitos efetivamente que o tombo causou. E eu estou bem, estou trabalhando normalmente. Só posso dizer que a batida foi muito forte", completou.

Por causa do acidente, o presidente cancelou a sua viagem para Kazan, na Rússia, onde participaria da cúpula dos Brics. Sua equipe médica desaconselhou que ele fizesse voos longos.

Desde então, ele passou por exames periódicos de ressonância magnética. Em um dos últimos, no fim de outubro, o boletim médico apontou um estado de estabilidade e informou que o mandatário seguia apto para exercer suas atividades em Brasília.


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