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Segunda opção de voto divide eleitor paulistano em pesquisa do Datafolha

Por Folha de São Paulo

08/09/2024 7h00 — em
Política



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em meio à pulverização que marca a corrida pela Prefeitura de São Paulo neste ano, 59% dos paulistanos se dizem convictos de sua opção de voto. A nada desprezível fatia restante está dividida entre os principais candidatos como uma alternativa à sua escolha.

Entre esses 41%, podem migrar para o candidato Guilherme Boulos (PSOL) 18% dos 1.204 ouvidos nos dias 3 e 4 de setembro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou menos.

Já o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que busca a reeleição, seria a opção de 17%, seguido pela deputada Tabata Amaral (PSB), com 15%, o apresentador José Luiz Datena (PSDB), com 13%, e o influenciador Pablo Marçal (PRTB), com 9%.

Nesta pesquisa do Datafolha, encomendada pela Folha e pela TV Globo e registrada sob o número SP-03608/2024 na Justiça Eleitoral, Boulos (23%), Marçal (22%) e Nunes (22%) estão empatados tecnicamente no primeiro lugar.

O voto mais consolidado é de quem já escolheu o deputado federal pelo PSOL (75% de certeza) ou o influenciador Marçal (70%). Mais atrás vêm os apoiadores de Nunes (52%), de Tabata (43%) e de Datena (35%).

Isso dito, os eleitores de Tabata, 9% dos entrevistados nesta rodada, são os mais convictos acerca de sua segunda opção. Nesse segmento, 43% dizem ir de Boulos se não apoiarem a deputada, ante 17% que votariam em Nunes, 8% em Datena e em Marçal, além de 7% que escolheriam Marina Helena (Novo).

É importante ressalvar que nesses subgrupos de eleitores não tão decididos a margem de erro é bem maior do que os três pontos da média geral. No grupo de apoiadores dessa categoria de Tabata, por exemplo, chega a 13 pontos para mais ou para menos.

A certeza sobre o segundo nome se dilui nas outras parcelas do eleitorado. Entre aqueles que votam em Boulos, podem mudar de ideia em favor de Nunes 24%, mesmo índice apontado para Tabata e na margem de erro de 12 pontos do estrato, empatado com Datena (20%). Já Marçal só é citado por 3% no grupo.

Já o eleitor do prefeito iria, numa segunda escolha, com Boulos (21%), Tabata (19%), Datena (19%) ou Marçal (15%). A margem de erro desse segmento é de nove pontos para mais ou menos.

Entre aqueles que decidiram angariar apoio a Marçal mas podem mudar de ideia, 30% iriam de Nunes, o candidato oficialmente apoiado por Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente foi constrangido a reiterar o endosso ao emedebista ante a ascensão fulminante do autodenominado ex-coach na pesquisa passada, há duas semanas.

Outros 16% dos que declaram voto no influenciador poderiam ir de Tabata (16%), Boulos (15%), Datena (12%) e Marina Helena (9%). Desta vez, a margem de erro é de 11 pontos.

Por fim, há o eleitorado de Datena, popular apresentador de TV que já ensaiou disputar quatro eleições. Até aqui, esta é sua primeira vez à frente de uma campanha de fato, com contato com a população etc., mas ele mesmo alimenta a boataria de que vai desistir com frases ambíguas.

Assim, não surpreende que o grau de convicção de quem vota no neotucano seja o mais baixo entre a concorrência. Se mudarem de ideia, 22% falam em apoiar Boulos, 19%, Nunes, 16%, Marçal, 13%, Tabata e 8%, Maria Helena. O segmento tem margem de erro de 13 pontos.

São todas contas um pouco aleatórias neste início de campanha de fato, com propaganda gratuita e uma profusão de debates, sabatinas e entrevistas. Porém apontam para tendências não só no primeiro turno, a depender do desempenho dos candidatos na ponta, mas também para as composições do hoje certo segundo turno.

No único caso de maior intenção para um segundo nome, o do eleitor pouco convicto de Tabata que pode mudar para Boulos, a escolha de certa forma reflete a faixa de frequência política do entrevistado.

A deputada busca se mostrar centrista, mas tem credenciais à esquerda por ser do PSB do vice-presidente Geraldo Alckmin --descontando o fato de o Socialista na sigla de seu partido não valer nada nominalmente na política brasileira.

Já Boulos é o único candidato de ponta assumidamente esquerdista, talvez mais do que os estrategistas do deputado preocupados com os seus 37% de rejeição gostariam.


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