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Tarcísio diz que governo Lula é movido por campanha eleitoral e que país precisa de pacificação

Por Folha de São Paulo

28/03/2025 12h15 — em
Política


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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou nesta sexta-feira (28) que o governo Lula (PT) é movido pela pauta eleitoral e que "o Brasil precisa de uma pacificação".

"A gente está preso em uma agenda que não vai levar a lugar nenhum. A energia está dispersa em coisas que não são as mais importantes. Estamos vendo uma antecipação da campanha e um governo federal movido pela campanha eleitoral", afirmou.

A declaração foi dada após ser questionado, durante um painel da Arko Conference do qual participava, sobre sua análise do atual contexto político, envolvendo o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e as movimentações de Lula para o pleito de 2026.

O evento aconteceu na Galapagos Capital, tradicional empresa de investimentos, na zona oeste de São Paulo. O governador participou do primeiro painel da programação, ao lado dos empresários André de Ângelo, Murilo da Fonseca e Murillo de Aragão.

Segundo Tarcísio, o julgamento de Bolsonaro não deveria dominar a pauta, mas sim questões como o envelhecimento da população, inteligência artificial, inflação e reforma política.

"A gente está preso sempre no mesmo assunto. O exemplo é o próprio julgamento do Bolsonaro. As redações estão se preparando para a cobertura e, a partir de agora, só vamos falar disso. [...] Vamos ficar para trás mais uma vez. Se um evento acaba pautando o país durante anos, o que vamos ganhar com isso?", disse.

Ao lado de André de Ângelo, CEO da Acciona (concessionária responsável pelas obras da linha 6-laranja do Metrô de São Paulo), o governador, cotado como nome da direita para a disputa ao Planalto diante da inelegibilidade de Bolsonaro até 2030, também teceu elogios às políticas de austeridade do presidente argentino Javier Milei.

Segundo ele, Milei tomou medidas impopulares, mas conseguiu reduzir a inflação e aumentar o crescimento econômico do país.

"Se você me perguntasse se seria possível cortar 5% do PIB de despesa do Estado em um ano, eu diria que é impossível, e ele fez. Consequência disso: a inflação está caindo e o fluxo de capital aumentou. Ele ainda tem um problema com o câmbio, mas está indo bem, começando a tirar a cabeça do buraco e a querer crescer. A inflação foi lá para baixo."

Na quarta-feira (26), horas após Bolsonaro se tornar réu, Tarcísio saiu em defesa de seu padrinho político, a quem chamou de "principal liderança política do Brasil".

Diferentemente de Bolsonaro, que após a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) fez um discurso de mais de 50 minutos no qual promoveu ataques aos ministros do Supremo, ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e às urnas eletrônicas, Tarcísio não fez acusações ou críticas às instituições ou mesmo ao processo eleitoral.

"Jair Bolsonaro é a principal liderança política do Brasil, e assim seguirá. Sabemos que esse não é o primeiro e não será o último desafio a ser enfrentado, mas sabemos também que a verdade prevalecerá e sua inocência será comprovada", escreveu Tarcísio no X (ex-Twitter) e no Instagram.


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