Gominhas para o crescimento capilar: benefícios, riscos e o que realmente funciona
De tempos em tempos, gominhas coloridas e atraentes, muitas vezes em formatos fofos como ursinhos ou corações, ganham destaque nas redes sociais prometendo acelerar o crescimento do cabelo. Com preços que chegam a R$ 200, esses suplementos vitamínicos em formato de bala conquistam pela aparência, mas será que realmente funcionam?
Quando as gominhas podem ser eficazes?
Segundo o dermatologista Lucas Miranda, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a eficácia das gominhas depende de cada caso. Elas podem ser úteis em situações de deficiências nutricionais específicas, como baixos níveis de biotina, ferro ou vitamina D, que afetam diretamente a saúde capilar.
Por outro lado, para quem não apresenta carências identificadas, o consumo desses suplementos dificilmente terá um impacto significativo no crescimento dos fios.
Os riscos de consumir gominhas sem orientação
Embora sejam atrativas, o consumo de gominhas capilares sem acompanhamento especializado pode trazer riscos.
- Vitaminas lipossolúveis: O excesso de vitamina A, por exemplo, pode causar toxicidade, enquanto a biotina, embora geralmente segura, pode interferir em exames laboratoriais.
- Desbalanço nutricional: Excesso de zinco pode reduzir a absorção de ferro, enquanto doses elevadas de vitamina C podem causar desconfortos gastrointestinais.
- Pessoas com diabetes: A presença de açúcar na composição pode desestabilizar os níveis glicêmicos. Apesar da existência de versões sem açúcar, a consulta médica é indispensável para avaliar compatibilidade com medicamentos e dietas.
Por que o cabelo pode demorar a crescer?
Dificuldades no crescimento capilar podem estar associadas a diversos fatores:
- Deficiências nutricionais: Falta de ferro, zinco ou proteínas pode afetar o ciclo capilar.
- Alterações hormonais: Distúrbios como hipotireoidismo ou síndrome dos ovários policísticos influenciam diretamente o crescimento dos fios.
- Fatores genéticos: Predisposição hereditária e condições como dermatite seborreica ou alopecia limitam o crescimento capilar.
- Estresse físico ou emocional: Afeta o ciclo de vida do cabelo, podendo interromper ou retardar o crescimento.
Como identificar a queda capilar excessiva?
A queda capilar é considerada excessiva quando ultrapassa 100 fios por dia, ou quando há sinais de afinamento e falhas no couro cabeludo. Também é comum notar fios acumulados no travesseiro ou durante a lavagem do cabelo.
O que fazer para tratar a queda capilar?
O biomédico Thiago Martins recomenda uma avaliação dermatológica para identificar a causa e orientar o tratamento, que pode incluir:
- Produtos tópicos como minoxidil.
- Medicações orais ou suplementos nutricionais.
- Ajustes na dieta para atender às necessidades do organismo.
- Tratamentos avançados, como laser capilar ou microinfusão de medicamentos, em casos mais graves.
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