Polícia detém modelo por suspeita de vender emagrecedor falsificado na web
A modelo Paula Biazin, com 319 mil seguidores no Instagram, foi presa nesse sábado, em Sorriso (MT) suspeita de comercializar medicamentos falsificados.
Segundo o UOL, a Polícia Civil contou que a ação foi provocada pelo Ministério Público Estadual (MPE), que fecha o cerco contra fabricação clandestina deste tipo de medicamento.
Ainda de acordo com a polícia, na casa da acusada, local onde foi detida, foram encontradas três caixas com um emagrecedor falsificado.
O delegado responsável pelo caso, Nilson Farias, informou que o produto é dito como fitoterápico, mas contêm substâncias de medicamentos, entre elas diazepan, medicamento controlado e prescrito por psiquiatras para tratamento de ansiedade, e sibutramina, remédio utilizado para rápida sensação de saciedade dando também efeitos colaterais como prisão de ventre, boca seca, insônia, aumento da frequência cardíaca, aumento da pressão arterial, delírio, entre outros.
Na delegacia, Paula informou que desconhecia que o produto tinha as substâncias citadas. Ela ainda mostrou sites que fazem comércio do mesmo produto.
Por telefone, o advogado da modelo, Carlos Alberto Koch, disse que a sua cliente não sabia do que se tratava e que foi contratada para fazer divulgação, já que tinha muitos seguidores nas redes sociais. "Ela foi chamada para fazer divulgação. O produto tem divulgação pública, venda em site, então ela só divulgava nas redes sociais dela.
"Ela foi chamada para fazer divulgação. O produto tem divulgação pública, venda em site, então ela só divulgava nas redes sociais dela. Ela não colocaria um produto assim no endereço digital dela, é conhecida na cidade. Eu ainda não tive acesso à perícia para ter a comprovação [de] que os produtos apreendidos estão realmente adulterados", disse o advogado. Ele explicou também que vai acionar na Justiça o contratante da divulgação.
Koch disse ainda que o produto é muito fácil de ser encontrado. De fato, em rápida pesquisa no Google, a reportagem do UOL pôde comprovar que são encontrados os produtos dos mais variados preços em lojas virtuais de artigos naturais.
Ele ainda explicou que os três frascos do produto encontrados na casa da modelo são de uso particular do marido da acusada.
Após ser ouvida, Paula foi liberada ao pagar fiança de cinco salários mínimos. O juiz de plantão entendeu que a digital influencer, por ser casada, ter filhos, não ter antecedentes criminais, não tinha nada que justificasse a manutenção da prisão.
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