Bois de Parintins precisam adotar leis mais rígidas sobre má gestão
A crise financeira pela qual o Boi Garantido atravessa, mostra as fragilidades dos estatutos dos bois-bumbás em relação à gestão financeira das agremiações. Essa é uma situação que, de vez em quando, tanto do lado Vermelho quanto do lado Azul, vem à tona e, por isso, as diretrizes que regem os dois bois precisam ser mais “rígidas”, quando o assunto é “dinheiro”.
Garantido e Caprichoso recebem dinheiro público e precisam prestar conta de seus gastos — neste ano, cada bumbá recebeu cerca de R$ 13 milhões. O gerenciamento financeiro das agremiações reflete diretamente na apresentação do espetáculo, que é a grande atração do Festival de Parintins. Por esse motivo, deve ser exigido nos estatutos dos bois uma rígida fiscalização de como são aplicados os recursos nas agremiações.
Quando estive à frente da AMAZONASTUR, enquanto presidente, iniciamos as tratativas de conscientização para que as associações inserissem cláusulas nos estatutos, tendo como base a Lei de Responsabilidade Fiscal na prestação de contas das associações. Sem responsabilizarmos os gestores pelos seus atos falhos, nunca teremos uma a ferramenta de cobrança eficiente. Com isso, o mau uso dos recursos só gera prejuízo para as associações, seus fornecedores, artistas e os associados.
Pelo bem do festival, das agremiações e de toda a “indústria” movimentada pelo Garantido e Caprichoso, defendo que, caso as agremiações não honrem com seus compromissos, suas diretorias sofram as sanções cabíveis, inclusive com punições. Não podemos permitir que a má gestão afete as contas, patrimônios dos bois e mão de obra de quem trabalha para realizar a maior e mais bela festa folclórica do mundo, o Festival de Parintins.
Por mudanças nos estatutos do Garantido e Caprichoso, Turismo Eu Acredito!
ASSUNTOS: Turismo, eu acredito!