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Apoiadores fazem fila em velório de Fuad, em BH, e filhos falam em conforto e orgulho

Por Folha de São Paulo

27/03/2025 17h45 — em
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BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - Centenas de pessoas fizeram fila, nesta quinta-feira (27), para acompanhar o velório do prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, morto nesta quarta-feira, aos 77.

A cerimônia, aberta ao público até as 16h, acontece na sede da prefeitura. Depois, o corpo de Fuad seguirá em cortejo até o cemitério do Bonfim, onde acontece o enterro, com a presença apenas de familiares.

"É uma pessoa da qual vamos sentir falta no exemplo, no conselho, nas conversas, mas deixa um legado muito forte, vemos pelas pessoas na fila aqui em frente [à prefeitura]. A gente fica orgulhoso do que ele fez para nossa cidade. É um dia difícil para a gente, mas nos conforta o que está acontecendo aqui", afirmou Paulo Henrique Noman, filho do político.

O atual prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), eleito como vice na chapa de Fuad, disse que o tratou como pai durante a campanha e que seguirá o plano de Fuad para a cidade.

"Quando eu for inaugurar qualquer obra em Belo Horizonte, é Fuad e Damião. Porque tudo começou com ele. As obras começaram com ele, o anel rodoviário é dele, a creche é dele, a EMEI [Escola Municipal de Educação Infantil] é dele, o posto de saúde é dele. Cabe a mim agora continuar o trabalho que ele fez", disse Damião.

Desde o final de fevereiro, o prefeito havia perdido a lucidez, segundo os médicos. Ele morreu após sofrer uma parada cardiorrespiratória.

Fuad estava afastado do cargo desde o dia 4 de janeiro, um dia após ser internado com um quadro de insuficiência respiratória. Diagnosticado com um linfoma não Hodgkin em junho do ano passado, ele teve seu quadro de saúde deteriorado por consequência do tratamento para a doença e por arritmias cardíacas pretéritas. O câncer estava em remissão desde outubro do ano passado.

Outras autoridades estiveram presente no velório desta quinta, como o governador Romeu Zema (Novo), que não falou com a imprensa.

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, afirmou que Fuad é um exemplo de um servidor público admirado por seu trabalho.

"As eleitoras e os eleitores de Belo Horizonte prestaram uma última homenagem ao reelegerem ele como prefeito de uma das mais importantes cidades do país", disse Kassab.

O dirigente afirmou confiar que a gestão de Damião seguirá a influência e os planos de Fuad.

O ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) e ex-governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia, disse que foi o responsável por sugerir o nome de Fuad para ser secretário da Fazenda do governo Aécio Neves (PSDB), gestão em que também foi secretário de Obras.

"Fuad sempre foi um técnico na área fazendária da mais alta qu alificação e realizou naquela época, no primeiro mandato do governador Aécio, trabalho excepcional do equilíbrio das finanças de Minas Gerais", disse Anastasia.

Dois dos principais aliados de Fuad no PSD, o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) e o senador Rodrigo Pacheco estão em comitiva do presidente Lula (PT) na Ásia e não participaram do velório. O petista mandou uma coroa de flores para homenagear Fuad.

A cerimônia contou também com políticos de outros partidos, como os deputados federais Reginaldo Lopes (PT-MG), Domingos Sávio (PL-MG) e Newton Cardoso Jr (MDB).

Fuad costumava manter diálogo com políticos de diferentes campos. Durante a campanha, uma de suas frases mais repetidas era "meu partido é Belo Horizonte".

Sobre seu caixão, estavam as bandeiras do Atlético-MG e de Belo Horizonte, duas de suas maiores paixões além da família. Ao fim da cerimônia, Damião entregou a bandeira da cidade para a viúva de Fuad, Mônica Drummond. Os dois, chorando, se abraçaram por alguns segundos.

Por volta das 16h30 o caixão foi levado até um caminhão do Corpo de Bombeiros, que seguiria para o cemitério do Bonfim. Apoiadores que estavam do lado de fora aplaudiram e cantaram "Fuad prefeito" e "Fuad guerreiro".


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