Após 1º caso no ano, governo de São Paulo recomenda vacinação contra a febre amarela
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Após o registro do primeiro caso de febre amarela do ano no estado de São Paulo, nesta segunda-feira (13), a SES (Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo) emitiu comunicado recomendando a vacinação contra a doença.
De acordo com a SES, a imunização é a principal ferramenta de prevenção e controle da febre amarela. A pasta informou ainda que as ações de vigilância em saúde e vacinação nas regiões com registros da doença foram intensificadas.
"É muito importante que, principalmente, quem vai para região rural, serrana ou com mar, se vacine contra a doença", explica Regiane de Paula, coordenadora em saúde da Coordenadoria de Controle de Doenças da SES.
O caso registrado envolve um homem de 27 anos, morador da capital, mas que esteve recentemente em área rural no município de Socorro, na região metropolitana de Campinas, no interior do estado.
Dentre os principais sintomas da doença estão febre súbita, calafrios, dor de cabeça, dor nas costas e no corpo, náusea e vômitos, fadiga e fraqueza.
A vacina contra a febre amarela está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde de São Paulo e faz parte do calendário de vacinação. Desde 2020, o Ministério da Saúde recomenda que o imunizante seja aplicado em duas doses para crianças menores de 5 anos e, para os maiores, em dose única.
A recomendação é que o imunizante seja aplicado 10 dias antes da viagem programada para região com potencial contaminação.
Desde 2017, a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que a aplicação da vacina seja em dose única, ou seja, mesmo quem tenha se imunizado antes disso, não precisa receber uma nova dose.
Dentre os possíveis efeitos colaterais da vacina estão vermelhidão e dor no local da aplicação. Grupos com comorbidades e pessoas com mais de 60 anos podem receber orientação médica na hora de receber o imunizante.
As regiões de Campinas e Ribeirão Preto têm sido o foco das ações da SES neste início de ano por conta da morte de nove macacos por febre amarela. A pasta ressalta, no entanto, que os animais não transmitem a doença e a infecção acontece por mosquitos silvestres de zona da mata.
"Os macacos funcionam como sentinela para a saúde pública. Nos informam quando essa doença voltou a circular, mas não a transmitem. Então reiteramos a importância de não matar e maltratar estes animais", diz de Paula.
No último ano, dois casos da doença foram registrados no estado, um autóctone, ou seja, contaminado em São Paulo, e outro importado de outra região. Um deles resultou em óbito.
O projeto Saúde Pública tem apoio da Umane, associação civil que tem como objetivo auxiliar iniciativas voltadas à promoção da saúde
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