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Chuva causa uma morte, derruba árvores e provoca apagão em São Paulo

Por Folha de São Paulo

21/12/2024 21h45 — em
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As fortes chuvas que atingiram a Grande São Paulo na sexta-feira (20) e neste sábado (21) derrubaram dezenas de árvores, alagaram vias e provocaram transbordamentos de córregos. Na região de Campinas, um motociclista morreu ao ser arrastado pela enxurrada.

Bombeiros trabalhavam durante a noite para resgatar uma mãe e duas crianças soterradas após um deslizamento atingir quatro casas em Várzea Paulista, na região de Jundiaí. Não havia confirmação sobre o estado das vítimas até as 21h50 deste sábado.

Aproximadamente 666 mil clientes da concessionária Enel chegaram a ficar sem luz, transtorno recorrente devido à queda de galhos sobre a rede elétrica. Até as 20h deste sábado, quase 88 mil residências continuavam sem luz em toda a região metropolitana.

Na cidade de São Paulo, a falta de energia prejudicou principalmente os distritos São Mateus, Vila Prudente e Itaim Paulista, na zona leste, além de Lapa, Jaraguá e Butantã, na zona oeste. Também foram afetados com maior gravidade os municípios de Mauá, Ribeirão Pires e Santana de Parnaíba.

Rajadas de vento de mais de 80 km/h foram responsáveis por quedas árvores e galhos sobre a rede elétrica na sexta-feira, segundo a Enel. A empresa diz que 70% das ocorrências foram causadas pelo contato dos fios com a vegetação.

A Enel disse que acionou antecipadamente seu plano de contingência, com reforço das equipes em campo, para reconstruir os trechos de rede danificados e restabelecer o serviço para todos os clientes.

O vendaval foi ainda mais forte no entorno do aeroporto de Congonhas, na zona sul da cidade, chegando a 85 km/h, segundo a Defesa Civil.

Mais de 100 quedas de árvores foram notificadas no estado. Na capital, árvores caídas foram relatas principalmente na região do Ibirapuera, zona sul, e Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte. Lá, um tronco chegou a atingir um ônibus. Ninguém se feriu.

Voltou a chover forte na tarde deste sábado e, além da falta de luz, algumas localidades também enfrentaram alagamentos.

Em Nova Odessa, cidade da região metropolitana de Campinas, um motociclista morreu ao ser arrastado pela enxurrada. Ele tentava atravessar um ponto de alagamento em uma avenida. O homem foi arrastado para o córrego Capuava, de onde foi retirado sem vida.

Deslizamentos de terra em Várzea Paulista, cidade da região de Jundiaí, atingiram quatro casas e o Corpo de Bombeiros trabalhava até a noite deste sábado para resgatar três pessoas, sendo duas crianças e a mãe delas.

O grupo de bombeiros especializado em resgate utilizava cães treinados para tentar localizar as vítimas. Até as 21h50 deste sábado não havia confirmação sobre o estado das pessoas atingidas, segundo a Defesa Civil.

Ainda no interior do estado, um morador ilhado em sua residência precisou ser resgatado pela Defesa Civil em Olímpia, na região de São José do Rio Preto. Alagamentos, enxurradas e quedas de árvore e muro também foram registrados na cidade. O Parque Thermas dos Laranjais ficou inundado e permanece fechado. Não há mortes, desabrigados ou desalojados.

Na capital paulista, houve transbordamento do Rio Verde e dos córregos Lajeado, Franquinho, Ponte Rasa, Três Pontes e Itaim, todos na zona leste, região mais atingida da cidade de São Paulo.

Os córregos baixaram pouco antes das 17h e, com a situação voltando à normalidade, a Defesa Civil estadual suspendeu o estado de atenção para toda a capital.

Áreas importantes para a mobilidade da capital chegaram a alagar, como o túnel sob o vale do Anhangabaú e a avenida 23 de Maio. Em Higienópolis, bairro da região central, uma árvore caiu sobre um carro.

A aproximação de uma frente fria começou a mudar o clima na capital paulista por volta do meio-dia desta sexta, quando imagens do radar meteorológico do CGE mostravam chuva isolada e forte na zona norte. Logo, as regiões oeste e central também foram atingidas.

Neste domingo (22), as instabilidades diminuem sobre o estado paulista, mas ainda chove de forma isolada e rápida no período da tarde. O dia deve ser marcado por céu nublado e a presença mais constante do sol.

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Ação na Justiça

Na falta de solução amigável e em casos de prejuízo de até 20 salários mínimos (R$ 28.240 neste ano), o consumidor pode procurar o Juizado Especial Cível; acima desse valor, a Justiça comum

Reunir provas de que o dano em aparelhos foi causado pelo apagão, notas fiscais e vídeos

Tentar registrar a reclamação em todos os canais possíveis, inclusive o Procon, antes de ir à Justiç


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