BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - O prefeito interino de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), afirmou que o legado de Fuad Noman é o cuidado com as pessoas. Pronunciamento foi feito na porta do hospital Mater Dei, onde o político mineiro morreu nesta quarta-feira (26), após longo período de internação.

Bastidores da Política - O poder de Janja

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O poder de Janja

"A mesma doença que o levou é a que fez com que ele se preocupasse ainda mais com as pessoas mais simples da cidade, para que elas tivessem condições de fazer o tratamento semelhante ao que ele estava fazendo. É esse legado que fica", disse Damião, eleito vice na chapa de Fuad.

Damião estava no comando da cidade de forma interina e agora assume o cargo definitivamente. Ele se recusou a falar sobre o futuro da gestão. "Não tenho nada para falar sobre o cargo agora, o momento é de abraçar a família."

Visivelmente emocionado, pediu orações à população. "Certeza absoluta de que nosso prefeito já está nos braços de Deus. Pedir muito a Deus que possa ajudar a família a suportar esse momento. Estamos decretando luto oficial."

"Fica a certeza de ter convivido com um homem do bem, que pensava 24 horas em como melhorar a vida das pessoas", afirmou.

Fuad Noman estava internado desde 3 de janeiro no Hospital Mater Dei, da capital mineira, quando deu entrada com um quadro de insuficiência respiratória aguda. Segundo boletim médico, Fuad morreu em consequência das complicações de um linfoma não Hodgkin.

Damião tem 54 anos, disputa eleições há mais de dez anos e foi vereador de Belo Horizonte por dois mandatos.

Foi eleito pela primeira vez na disputa de 2016, quando ainda estava no PSB. Em 2020 foi reeleito, já filiado ao DEM (partido que se uniu ao PSL em 2022 para formar o atual União Brasil). Nas duas vezes em que tentou ser deputado federal, em 2018 e também em 2022, saiu das urnas apenas como suplente.

No pleito de 2024, o nome de Damião foi escolhido para melhorar a relação de Fuad com a Câmara Municipal, um dos principais desafios do primeiro mandato. Também contribuiu o peso do seu partido para que a chapa tivesse o segundo maior tempo de TV na campanha.

Durante as negociações, Damião precisou ser convencido a mudar de planos. Inicialmente, ele almejava disputar a reeleição e, em seguida, as eleições de 2026 para deputado estadual.