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Em meio a investigação e traição, Ricardo Nunes exonera Pepe da Subprefeitura da Lapa

Por Folha de São Paulo

02/09/2024 12h00 — em
Variedades



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Luiz Carlos Smith Pepe foi exonerado da Subprefeitura da Lapa (zona oeste) pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). A medida foi publicada em portaria na edição desta segunda (2) do Diário Oficial de São Paulo.

A secretária-adjunta da Secretaria Municipal das Subprefeituras, Ana Carolina Lafemina, passa a responder pela Subprefeitura da Lapa, diz a prefeitura.

Pepe era indicado político do vereador Rubinho Nunes (União Brasil) na gestão Nunes.

A exoneração ocorre em meio a uma investigação e também disputa política, com acusação de traição.

Pepe é investigado pela Controladoria Geral do Município de São Paulo, que apura suspeitas de irregularidades de uma fiscalização em julho liderada por equipes da Subprefeitura da Lapa na região de Heliópolis.

Pepe destacou os fiscais para atuar em uma blitz em bailes funk na comunidade da zona sul, sob responsabilidade da Subprefeitura do Ipiranga.

A legislação municipal prevê que cada subprefeitura deve agir dentro dos seus limites territoriais.

Imagens dos servidores da Subprefeitura da Lapa circularam nas redes sociais após postagem do vereador Rubinho Nunes. Nelas, os fiscais atuam com colete do avesso, ocultando o logo.

Comerciantes da região reclamaram que tiveram produtos apreendidos na operação, como aparelhos de som e bebidas alcoólicas.

A gestão Nunes afirmou, nesta segunda, que a apuração da Controladoria está em fase de instrução e seu teor é sigiloso.

Antes um dos principais aliados de Nunes na Câmara Municipal, Rubinho Nunes também decidiu deixar a campanha do prefeito pela reeleição para apoiar Pablo Marçal (PRTB).

O crescimento do influenciador nas pesquisas de intenção de voto e a pressão nas redes sociais têm feito com que apoiadores de Nunes se manifestem timidamente em relação ao prefeito. Rubinho, no entanto, é o primeiro a decidir oficialmente mudar de candidato.

"O sistema está tentando silenciar Pablo Marçal porque ele representa a urgência de São Paulo mudar e uma ameaça àqueles que lucram com a desordem e a imoralidade em nossa cidade. Como vereador, não vou permitir que São Paulo sucumba a essas forças imorais que tentam manipular a opinião pública e censurar vozes que buscam mudança", afirmou Rubinho ao Painel.

"Enfrentei os mesmos inimigos ao longo de quatro anos, e não teria outro lugar de estar a não ser ao lado do próximo prefeito de São Paulo", completou.

Em nota, o presidente do diretório municipal do União, Milton Leite, disse que Rubinho será excluído do tempo de TV e de rádio do partido e não terá acesso aos recursos do fundo eleitoral. Afirmou ainda que outras punições serão estudadas, como expulsão da sigla.

A campanha de Nunes, por sua vez, disse que Rubinho "é um entre 520 candidatos da coligação de apoio" e que "a traição dele, de seguir Joice Hasselmann, não afeta" a disputa.


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