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Entenda as diferenças entre perimenopausa e menopausa

Por Folha de São Paulo

07/09/2024 13h30 — em
Variedades



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A menopausa é definida pela ausência de menstruação por pelo menos 12 meses consecutivos. Como muitas mulheres passam a vida inteira sem conversar sobre o assunto, é comum que algumas não compreendam que a menopausa é somente um dos estágios do climatério, que compreende toda a fase de transição do período reprodutivo para o não reprodutivo.

O QUE É PERIMENOPAUSA

O climatério acontece dos 40 aos 65 anos e é caracterizado pela diminuição progressiva da produção dos hormônios sexuais, especialmente o estrogênio. O primeiro estágio do climatério é a perimenopausa, período entre cinco e sete anos anterior à menopausa.

Quando os ovários entram em falência, as concentrações dos hormônios femininos, estrogênio e progesterona passam a oscilar. Os sintomas, portanto, são causados pela mudança hormonal, e a variedade deles pode causar confusão.

Dentre eles, estão: insônia, fadiga, tristeza, sensação de sobrecarga, ansiedade, irritabilidade, esquecimento, preocupação excessiva, dificuldade de conseguir se acalmar, de tomar decisões e de concentração.

A menopausa costuma acontecer entre os 45 e 55 anos, o que significa que a perimenopausa pode atingir mulheres, em geral, a partir dos 38 anos, diz o ginecologista Igor Padovesi, membro da Sociedade Norte-Americana de Menopausa e da Sociedade Internacional de Menopausa.

"As mulheres têm muito a ideia de que um exame vai apontar como estão os hormônios, como se fosse matemática, e não é. Muitas vezes não tem como saber por meio de exames. A perimenopausa é uma síndrome clínica, um conjunto de sintomas, devido à falência progressiva dos ovários", diz Padovesi.

O que é menopausa

Já a menopausa está ligada a uma série de mudanças indesejáveis: ondas de calor (os famosos fogachos), alterações de humor, diminuição da libido, aumento de peso, ansiedade e até depressão. A intensidade dos sintomas varia, mas eles atingem cerca de 70% das mulheres e costumam durar alguns anos.

Mas não é só. Outras manifestações muito frequentes são as alterações de humor, ressecamento vaginal, incontinência urinária, queda de cabelo e aumento da flacidez na pele.

O QUE É A TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL

No entanto, essas manifestações podem ser amenizadas com acompanhamento médico e tratamento adequado: a terapia de reposição hormonal (TH). A queda do estrogênio (ou hipoestrogenismo) é a principal causa desses sintomas, por isso sua reposição é indispensável para a melhora dos incômodos e da qualidade de vida nessa fase. Essa terapia envolve a administração de estrogênio isolado ou associado a um progestagênio em diferentes doses e regimes terapêuticos, que devem ser individualizados de acordo com o histórico e os riscos individuais de cada mulher.

O estrogênio pode ser administrado por via oral ou transdérmica sob a forma de gel ou adesivo cutâneo. A escolha da via é baseada na preferência e nos riscos individuais de cada mulher.

QUAIS SÃO OS EFEITOS COLATERAIS E CONTRAINDICAÇÕES DA REPOSIÇÃO HORMONAL

Os efeitos colaterais podem ser ausentes ou variar de intensidade a depender da dose e da via de administração, sendo os mais comuns: dor nas mamas, dor de cabeça, inchaço e retenção de líquido, náusea e sangramento vaginal irregular.

O tratamento desses desconfortos depende de qual efeito colateral a mulher teve. Na maioria das vezes, porém, o problema é resolvido fazendo o ajuste da dose ou da via de uso da reposição hormonal.

Entre as contraindicações estão: sangramento vaginal inexplicável, doença hepática, histórico de câncer sensível ao estrogênio (incluindo cânceres de mama e de endométrio), cardiopatias (como doença coronariana e infarto do miocárdio), acidente vascular cerebral (AVC), tromboembolismo venoso (TEV) prévio, história pessoal ou alto risco de doença tromboembólica hereditária.


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