Gestão Nunes inicia processo para romper contratos com empresas de ônibus alvos de operação contra o PCC
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta segunda-feira (23) que iniciará o processo de caducidade dos contratos com as concessionárias do serviço de ônibus municipais Transwolff e UPBus.
As duas empresas estão sob intervenção da prefeitura desde abril, quando o Ministério Público paulista deflagrou a Operação da Fim da Linha. As viações são suspeitas de ligação com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Os presidentes das duas chegaram a ser presos.
Segundo a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), a decisão que pode anular os contratos das companhias foi tomada em conjunto nesta segunda, em reunião que envolveu as secretarias da Fazenda e de Transporte e Mobilidade Urbana, além da Procuradoria-Geral do Município, Controladoria Geral do Município e SPTrans.
A reportagem não conseguiu contato com representantes das empresas.
Em nota, a gestão Nunes afirma que fiscalizações identificaram inconformidades financeiras e operacionais por parte das concessionárias.
Em complemento, a Fundação Vanzolini, contratada para realização de consultoria, apontou necessidade de uma série de mudanças de infraestrutura, manutenção veicular, qualificação das questões financeiras.
Um prazo de 15 dias será concedido para defesa das empresas.
De acordo com a prefeitura, o serviço será mantido à população sem qualquer prejuízo, bem como os pagamentos a funcionários e fornecedores das duas companhias.
Atualmente, a Transwolff opera 142 linhas, com 1.146 veículos que transportam 583 mil passageiros por dia.
Já a UPBus tem frota de 158 ônibus atendendo 13 linhas e transportando 73 mil passageiros por dia. Os comitês de intervenção seguem trabalhando para oferecer transporte de qualidade os passageiros.
ASSUNTOS: Variedades