Governo do Rio poderá recorrer à PM para interditar praias
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, anunciou nesta sexta-feira (13) que poderá utilizar a Polícia Militar para impedir concentração de banhistas nas praias do estado durante a pandemia de coronavírus.
"Em que pese as praias serem de jurisdição federal, o policiamento militar tem sua obrigação. E, nesse caso, tratando-se de uma pandemia, não só os bombeiros, como a Defesa Civil, a Polícia Militar e a Guarda Municipal serão chamados e nós não permitiremos aglomeração na praia", anunciou o governador. Ele também pretende restringir o acesso aos shoppings durante o período que a doença estiver crescendo no estado e no Brasil.
Mais cedo, o governador já havia anunciado uma série de medidas para evita a proliferação do vírus, como home office para servidores públicos, suspensão das aulas em escolas públicas e privadas, assim como universidades. Visitas a prisões e transportes de detentos também foram suspensos, assim como eventos esportivos, shows, comícios e outros. A ideia é evitar aglomeração de pessoas, o que facilitaria a proliferação doença.
O governador ainda defendeu um fundo de compensação aos estados brasileiros pelos gastos com a pandemia de coronavírus. Witzel fez um apelo para que o presidente Jair Bolsonaro crie o programa valendo-se de recursos do BNDES e reservas cambiais, para socorrer os estados, especialmente produtores de petróleo, duplamente abalados pela crise.
"Peço imediatamente que crie um programa de compensação financeira para que não tenhamos prejuízo à nossa população, aos servidores públicos e ao estado do Rio de Janeiro. Presidente Bolsonaro, precisamos unir a nação", disse Witzel. Nesta sexta, em publicação no Diário Oficial, foi anunciado um contingenciamento de R$ 3 bilhões de gastos previstos no orçamento.
Witzel pediu ainda que o presidente Jair Bolsonaro disponibilize as instalações das Forças Armadas para atendimento de pacientes. O governador disse também que o governo está criando comissões específicas para negociação com setores da economia com objetivo de evitar desabastecimento. "Se necessário for, vamos fechar mercado para que não ocorram aglomeração e pânico", apontou Witzel.
ASSUNTOS: Amazonas, coronavírus Rio de Janeiro, Manaus, rio de janeiro, Brasil, Coronavírus