Governo Tarcísio recua de fechar escola centenária em 2025
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) recuou da decisão de fechar a Escola Estadual de São Paulo, no centro da capital, em 2025. Os alunos e professores poderão continuar na unidade no próximo ano letivo.
A escola, no entanto, será fechada em 2026, quando a Prefeitura de São Paulo deve iniciar obras de revitalização no Parque Dom Pedro 2º. Conforme mostrou a Folha de S.Paulo, a gestão Tarcísio pretendia fechar a unidade um ano antes da previsão de início das intervenções no local.
Fundada em 1894, a escola é uma das mais antigas do estado. A unidade fica ao lado do parque. Alunos e professores fizeram manifestações contra o fechamento.
"A escola não vai fechar no próximo ano. A prefeitura pediu o prédio, mas a gente conseguiu conversar e jogar, mudar essa decisão. A escola São Paulo abre em 2025", disse o secretário de Educação, Renato Feder, nesta quarta-feira (18) durante sua prestação de contas na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo).
A revitalização do Parque Dom Pedro 2º é de responsabilidade da gestão municipal de Ricardo Nunes (MDB). Prometida há anos, as obras vão ser feitas por meio de uma PPP (parceria público-privada) que nem sequer foi licitada a sessão de licitação deve acontecer apenas no fim de janeiro de 2025.
À época que anunciou o fechamento, o governo do estado disse que a decisão partiu de um entendimento "firmado entre o município e o Governo do Estado, evitando qualquer risco aos alunos e funcionários.
A pasta também informou que a tradicional escola não deve voltar a receber alunos no ensino regular. O plano da pasta é que, após o término das obras, a unidade volte a funcionar oferecendo cursos de educação profissional ou como CEEJA (Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos).
O secretário não informou se a decisão de não voltar a receber alunos no ensino regular após as obras será mantida.
Conforme mostrou a Folha de S.Paulo, a secretaria planeja fechar no próximo ano ao menos 96 turmas de ensino médio e EJA (Educação de Jovens e Adultos) que funcionam no período noturno das escolas estaduais.
Além de ser uma das mais antigas e tradicionais da cidade, a Escola Estadual de São Paulo foi escolhida nos últimos anos para receber investimentos e integrar novas apostas educacionais dos governantes paulistas.
Em 2019, o governo estadual concluiu uma obra grande de restauro na unidade, com reposição de peças e materiais, substituição de piso de porcelanato para sala de ensaio e mezanino, entre outras melhorias.
Dois anos depois, em 2021, foi escolhida pela gestão João Doria para integrar uma das primeiras escolas que passariam a integrar o PEI (Programa de Ensino Integral). Ao aderir o modelo, a escola recebeu um aporte maior de recursos.
Em maio deste ano, a pasta disse ao blog São Paulo Antiga que estava fazendo uma nova série de reformas na unidade. Segundo a secretaria, estava sendo feito um investimento de mais de R$ 520 mil para "revitalização estrutural" da escola, com obras na área de alimentação, sanitários e na cobertura.
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