Homem morre na estação de Carapicuíba, em SP
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Um homem morreu após ser agredido por agentes de segurança da ViaMobilidade na estação Carapicuíba, da Linha 8-Diamante. A Polícia Civil investiga o caso.
Jadson Vitor de Souza Pires, 30, aparece aparentemente desorientado perto das catracas em 11 de novembro. Imagens foram obtidas e mostradas pela TV Globo.
Homem tentava entrar na estação sem pagar quando levou uma rasteira de um dos agentes. A ViaMobilidade diz que Jadson estava "bastante agitado" e não respondia às orientações e foi "contido após invadir a linha de bloqueio por várias vezes".
No chão, ele é chutado por um homem de preto, que mais tarde foi identificado como um agente da GCM (Guarda Civil Metropolitana) à paisana. A ViaMobilidade diz que ele não tem nenhuma relação com a operação da concessionária.
Depois, Jadson é arrastado pelas pernas por dois agentes da ViaMobilidade até outro espaço. Toda a ação é presenciada por passageiros que estavam no local.
Outra câmera flagrou o momento em que Jadson é imobilizado com violência por três homens, dois deles usam a farda da Polícia Militar. Em outro momento, os seguranças aparecem fazendo massagem cardíaca em Jadson. Uma equipe do Samu também aparece nas imagens para fazer o resgate.
A morte de Jadson foi confirmada em uma UPA. Segundo a ViaMobilidade, ele sofreu um mal súbito e recebeu os primeiros socorros ainda no local. O UOL procurou a secretaria de Saúde para detalhes sobre a causa da morte. A polícia diz que a causa da morte ainda não foi determinada e que "os laudos periciais solicitados estão em elaboração e serão anexados ao inquérito assim que concluídos".
O caso é investigado pelo 1º DP de Carapicuíba. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública diz que as novas imagens foram analisadas pela autoridade policial e os envolvidos serão intimados a prestar um novo depoimento.
A ViaMobilidade lamentou a morte de Jadson e diz que contatou a família para prestar apoio. Os agentes envolvidos no caso foram afastados de suas funções, informou a empresa, que disse que uma sindicância interna apura o caso. "A companhia informa que repudia qualquer forma de violência, premissa essa constantemente reforçada em seus treinamentos e procedimentos de segurança e atendimento".
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