México e Argentina produzirão a vacina de Oxford para AL, menos para o Brasil, diz Alberto Fernández
BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - O México e a Argentina fecharam um acordo com a Universidade de Oxford para que seja produzida, nesses dois países, a vacina que a entidade vem desenvolvendo com o laboratório AstraZeneca contra o coronavírus, a ser distribuída para o restante da América Latina.
O Brasil estaria de fora dessa distribuição, porque, segundo o presidente argentino, Alberto Fernández, "o Brasil tem um acordo diferente com outro projeto de vacina".
No Brasil, a vacina está sendo testada em voluntários e um acordo foi firmado entre a Fiocruz e a AstraZeneca para transferência de tecnologia e produção de 100 milhões de doses.
O anúncio foi feito no início da noite desta quarta-feira (12), na residência de Olivos. "A dose custará entre US$ 3 e US$ 4 e estará pronta para a venda a partir do primeiro semestre de 2021", afirmou o mandatário.
"O fato de ser produzida em nosso território nos dará a vantagem de ter a vacina antes dos demais países. Porém será distribuída de maneira equitativa entre nossos vizinhos, dependendo da demanda dos governos", afirmou.
A vacina encontra-se na fase 3 de testes e estaria pronta até o fim do ano. Fernández fez o anúncio depois de reunir-se com o gerente-geral da AstraZeneca para o Cone Sul, Agustín Lamas.
"O motivo de terem escolhido a Argentina como um dos países foi terem encontrado aqui laboratórios e atitudes frente à pandemia que são positivos para essa produção", afirmou Fernández. O mandatário também afirmou que a região precisará de cerca de 230 milhões de doses.
"Queremos que a Argentina não tenha que esperar e possa ter acesso o mais rápido possível. Para nós é uma grande alegria que nos tenham escolhido. Na Argentina, a AstraZeneca escolheu o laboratório mAbxience, que será o produtor do reativo da vacina. Trata-se de um grande reconhecimento da qualidade dos laboratórios argentinos. O México será o encarregado de realizar a embalagem e completar o processo de produção."
Fernández também afirmou que conversaria na noite desta quarta-feira (12), com o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, para afinar detalhes do empreendimento.
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