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Ministério Público de MG denuncia dois médicos por praticar aborto sem consentimento da mulher

Por Folha de São Paulo

16/07/2024 11h00 — em
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BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - O Ministério Público de Minas Gerais denunciou dois médicos obstetras do Hospital Municipal de Governador Valadares pelos crimes de aborto sem o consentimento da gestante.

O caso é de 2022, e a Procuradoria afirma que houve dolo eventual, pelos profissionais terem assumido o risco de matar, e violência psicológica contra a mulher.

Procurada, a Prefeitura de Governador Valadares não retornou às tentativas de contato. Os nomes dos médicos envolvidos não foram revelados, e o caso tramita em segredo de Justiça.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, a gestante com 39 semanas de gestação deu entrada no hospital com fortes dores no baixo ventre. Depois de horas aguardando atendimento, o bebê faleceu em quadro de sofrimento fetal agudo.

Ainda conforme a denúncia, a gestante foi vítima de procedimentos que configuram violência obstétrica, com grave violência psicológica.

A procuradoria argumenta que os médicos violaram uma lei estadual que garante o atendimento humanizado à mulher em situação de aborto.

O aborto é autorizado em três casos no Brasil: gravidez decorrente de estupro, risco à vida da mulher e anencefalia do feto.

Nas demais situações, a interrupção da gravidez é considerada crime, de acordo com o Código Penal, de 1940. A legislação estabelece que a mulher que provocar um aborto em si mesma pode ser condenada a pena de 1 a 3 anos de prisão.


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