Morte de líder da Bola de Neve deflagra batalha entre viúva e atual direção
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A morte de Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, o apóstolo Rina, fundador da Bola de Neve Church, deflagrou uma batalha judicial na igreja.
A atual direção da Bola de Neve diz que o presidente é o pastor Fábio Santos. Viúva de Rina, Denise Seixas pediu à Justiça na semana passada que anulasse um pedido de reintegração de posse da igreja que a própria instituição tinha ajuizado contra ela, conforme noticiado pelo UOL.
A disputa é pelo comando da Bola de Neve.
Rina morreu no dia 17 de novembro. Ele já estava havia meses afastado da presidência da Bola de Neve, após ser acusado por Denise, que também é pastora, de violência doméstica.
A assessoria de imprensa da igreja enviou ao jornal uma nota nesta quarta (4) com termos fortes contra Denise. O texto diz que ela "invadiu a sede" administrativa da igreja, que fica na rua Turiassu (zona oeste de São Paulo).
A Folha de S.Paulo teve acesso ao documento de reintegração de posse, que acusa Denise de invasão e diz que ela "lá permanece ilicitamente acompanhada de outras pessoas". Vídeos mostram o vaivém de pessoas.
O pastor Fábio Santos, segundo a denominação, é o atual presidente. Já Denise teria renunciado ao cargo de vice-presidente em agosto, antes de Rina morrer.
A peça judicial descreve a relação dos dois assim: "Alguns meses antes do evento trágico [acidente de moto que matou o apóstolo], Rinaldo e Denise passaram por grave crise conjugal, que culminou no ajuizamento de ação de divórcio".
Rina era investigado em inquérito policial sob suspeita de "ameaça, difamação, injúria, lesão corporal, falsidade ideológica e violência psicológica contra a mulher".
Ainda segundo a Bola de Neve, no dia seguinte à morte de seu fundador, ocorreu uma assembleia para, "de acordo com o estatuto da igreja, eleger a nova direção". O processo estaria "em fase de registro cartorial".
"Para piorar a situação, na última sexta-feira (29 de novembro), a pastora e seus representantes invadiram a sede da igreja, causaram tumulto e chegaram até a 'demitir' e expulsar colaboradores do templo, como se tivessem poderes para tanto", afirma a nota.
A defesa de Denise diz que ela é quem deveria assumir a presidência, sustentando que ainda era vice-presidente, o que lhe daria automaticamente o direito de suceder Rina.
De acordo com o UOL, a pastora também questiona a prestação de contas da igreja e diz que nunca chegou a concretizar sua renúncia à vice-presidência, pois essa decisão faria parte de um acordo preliminar de divórcio que não chegou a ser selado. Rina ainda se declarava casado com Denise nas redes sociais.
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