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Mulher é morta a facadas em SP após registrar queixa de violência contra ex-namorado

Por Folha de São Paulo

06/04/2023 17h37 — em
Variedades



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma mulher de 34 anos foi morta a facadas na manhã desta quarta-feira (5), em frente ao memorial da América Latina, na Barra Funda, zona oeste da capital paulista. O principal suspeito do crime é o ex-namorado da vítima, Sidney Ferreira da Silva, 38, que, segundo a polícia, estava foragido.

Renata Tereza de Sousa Manoel já havia registrado dois boletins de ocorrência de violência doméstica contra o suspeito. O último deles na última terça (4), horas antes de ser atacada pelo homem, que durou cerca de dois anos.

Conforme os registros oficiais, Renata foi socorrida ainda com vida e levada à Santa Casa e, antes de perder a consciência, apontou o nome do agressor. Segurava em uma das mãos o boletim de ocorrência contra o ex-namorado, entregue posteriormente para os policiais militares, ensanguentado.

No documento, Renata havia informado aos policiais que, naquele dia, foi ao encontro de um colega de trabalho e, ao chegar ao local, descobriu que era o ex-namorado, que havia se passado pelo colega.

Ao perceber que era um farsa, chamou a Polícia Militar, que, ao chegar ao local, já não encontrou o ex-namorado, que havia fugido, sem antes fazer mais ameaças.

Segundo o boletim, a mulher já tinha solicitado uma medida protetiva contra Ferreira da Silva, mas, conforme documento, o homem não havia sido intimado. "Já tenho medida protetiva, porém, ele fica rondando minha moradia em busca de notícias minhas", relatou ela, acreditando que a medida estava em vigor.

No início de março deste ano, Renata também fez uma queixa contra o ex, não só pelas ameaças, mas também por injúrias e agressão física.

Disse naquele dia que foi surpreendida pelo agressor em frente da escola da filha, quando deixava a criança para estudar. Não conseguindo convencê-la a reatar o namoro, passou a xingá-la e agredi-la. O homem teria segurado os cabelos da vítima e dado vários socos.

No registro feito pela polícia em março, foi oferecido um abrigo provisório para ficar, mas, ela não quis deixar a própria casa.


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