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PF abre mala de brasileiro que desapareceu em Paris, mas não consegue desbloquear celular

Por Folha de São Paulo

03/12/2024 18h00 — em
Variedades



PARIS, FRANÇA (FOLHAPRESS) - As malas do brasileiro Flávio de Castro Sousa, desaparecido desde o último dia 26 em Paris, foram abertas nesta terça-feira (3) na embaixada do Brasil.

Elas continham todo o equipamento fotográfico e pertences de valor de Sousa, como joias e um relógio, mas não trouxeram nenhuma informação decisiva para as buscas. Não foi possível desbloquear o iPhone do fotógrafo mineiro, o que será feito pela Polícia Federal no Brasil.

Os três amigos parisienses mais próximos de Sousa levaram as malas e o celular ao adido da Polícia Federal brasileira em Paris, Luiz Roberto Ungaretti de Godoy, na esperança de encontrar pistas que ajudassem a localizá-lo.

"A família e os amigos estavam pedindo muito a verificação das câmeras de segurança dos locais onde ele passou", explicou Ungaretti. "Nós vamos provocar as autoridades francesas para que eles colacionem [confiram] essas imagens e possam buscar o último paradeiro do Flávio nos locais em que foi visto."

O nome de Sousa foi incluído em um alerta global, chamado Difusão Amarela (em inglês, "yellow notice"), da Interpol, organização que reúne polícias de 196 países.

Os nomes e as fotos das pessoas incluídas na Difusão Amarela são divulgados no site da Interpol e enviadas para todos os países membros da organização. Pessoas que tenham informações sobre uma pessoa da lista podem contatar a polícia local ou a própria Interpol em seu site.

Atualmente, há cerca de 10,2 mil pessoas na lista pública da Difusão Amarela, entre as quais 78 de nacionalidade brasileira, quase todas desaparecidas no próprio Brasil.

Amigos de Sousa organizaram na tarde de terça-feira três grupos de buscas em bairros de Paris onde achavam possível encontrá-lo.

As duas malas de Sousa, de alumínio, estavam fechadas com senha desde que foram encontradas no apartamento que ele alugou durante a estadia em Paris, iniciada no dia 1º de novembro. O iPhone foi achado em um vaso de plantas em frente a um bistrô parisiense, um dia depois do desaparecimento.

Os objetos continuam em poder dos amigos de Sousa e ainda não há previsão de data para devolução ao Brasil.

O bistrô fica em frente ao trecho do rio Sena onde Sousa teria caído, na madrugada anterior ao desaparecimento. Ele chegou a contar por WhatsApp para o amigo francês Alex Gautier que sofreu o acidente quando fazia uma caminhada noturna na Ile aux Cygnes (Ilha dos Cisnes), uma ilhota artificial próxima à Torre Eiffel.

Sousa disse a Gautier que passou três horas na água fria do rio até ser socorrido pelos bombeiros.


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