Polícia Civil indicia seis corintianos após briga com são-paulinos na Barra Funda
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil identificou e indiciou sob suspeita de associação criminosa seis torcedores do Corinthians pela briga com são-paulinos na avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, na manhã de domingo (26).
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Carta a Alex, o homem guerreiro
Segundo o delegado da Drade (Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva) Cesar Saad, os torcedores indiciados pertencem a Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do Corinthians.
Segundo a Polícia Militar, o confronto ocorreu por volta das 13h, algumas horas antes do clássico entre as duas equipes pelo Campeonato Paulista. Imagens que circulam nas redes sociais mostram os grupos armados com bastões.
Saad afirmou que as identificações ocorreram com a ajuda de câmeras de monitoramento e vídeos da briga em si. A investigação usou a tecnologia de reconhecimento facial para chegar aos brigões.
O delegado não trabalha com a hipótese de emboscada, uma vez que ambas as torcidas estavam armadas com barras de ferro.
Apenas torcedores do São Paulo deveriam seguir para o estádio devido à torcida única que vigora no estado. Os torcedores do Corinthians seguiam para a sede da torcida, no Bom Retiro, bairro próximo ao local da confusão, onde assistiriam ao jogo.
A briga não deixou presos ou feridos.
No início da noite daquele domingo, a Federação Paulista de Futebol emitiu uma nota de repúdio sobre o episódio, dizendo que a briga, ocorrida a 14 quilômetros do local e cinco horas antes da partida "envolveu criminosos que usam o futebol como pretexto para extravasar índoles violentas." Segundo a organização, os envolvidos devem ser banidos de estádios e julgados pelos atos o mais breve possível.
A briga aconteceu a poucos metros da sede da Drade (delegacia que investiga brigas de torcidas) e das sedes das principais torcidas organizadas do Palmeiras, rivais de são-paulinos e corintianos.
De acordo com um levantamento publicado pela Folha em 2024, pelo menos sete torcedores morreram no estado de São Paulo em enfrentamentos do tipo desde 2016, ano em que foi adotada a torcida única para diminuir as brigas.
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