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Polícia investiga como homicídio caso de ciclista atropelada por charrete em praia de Itanhaém (SP)

Por Folha de São Paulo

26/03/2025 21h15 — em
Variedades


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MACEIÓ, AL (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil de São Paulo investiga como homicídio o caso da ciclista Thalita Danielle Hoshino de Souza, 37, que morreu após ser atropelada por uma charrete em uma praia de Itanhaém, no litoral de São Paulo.

O atropelamento aconteceu na manhã de domingo (23). Ela estava internada na UTI do Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, quando morreu, na tarde de terça-feira (25).

Por meio de nota, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) disse que o inquérito policial foi instaurado pela Delegacia de Investigações Gerais de Itanhaém. São analisadas imagens e testemunhas estão sendo ouvidas a fim de identificar os envolvidos e esclarecer todas as circunstâncias.

A família de Thalita e a fisioterapeuta Gabriela Neves, que a acompanhava durante o passeio, afirmam que as charretes apostavam corrida no momento em que a ciclista foi atingida por uma delas.

"Passaram os dois carros, depois uma charrete com o cavalo, que era bem grande até, e aí a segunda, que foi quando eu ouvi o barulho. A Thalita caiu no chão e fizemos o socorro. Eu acredito que era uma corrida porque eles estavam em uma velocidade muito alta, até mesmo os cavalos. Os moradores disseram que é comum ter esse tipo de corrida ali, mas que é proibido", contou Gabriela à Folha de S.Paulo.

Ela informou que prestou depoimento nesta terça.

Yuri Souza, 28, irmão de Thalita, informou que ela estava na cidade a passeio, junto a amigos e o marido.

"Não temos muito o que dizer. O que precisa ser feito é que se tenha justiça nesse caso".

Questionada, a defesa de Rudney Gomes Rodrigues, 31, condutor da charrete, reiterou que ele estava passeando a cavalo em sua charrete pelas ruas do bairro, acompanhado pela família, e, por causa da inexistência de uma orla apropriada para o tráfego, optou por fazê-lo pela faixa de areia até a próxima saída.

"Ressaltamos que, em nenhum momento, o autor participava de qualquer tipo de disputa ou 'racha', tratando-se apenas de um passeio familiar. Infelizmente, durante esse trajeto, ocorreu a colisão com uma ciclista. (...)", disse o advogado Francisco Silveira Filho.

"Além disso, por iniciativa própria e de forma espontânea, o autor dirigiu-se à delegacia mais próxima para registrar o boletim de ocorrência, demonstrando plena disposição em colaborar com as autoridades competentes para o esclarecimento dos fatos", afirmou ainda o defensor.

Conforme a nota, Rodrigues e sua esposa prestaram assistência a Thalita. Ele lamentou o ocorrido.

De acordo o boletim de ocorrência, a batida teria ocorrido quando a ciclista cruzou na frente da charrete. O condutor disse não ter visto a mulher devido à presença de outra ciclista à esquerda.

Por não ter onde deixar a charrete com o animal, relatou ele, o autor deixou o local temporariamente para prendê-lo enquanto sua esposa, que vinha em um veículo logo atrás, parou e prestou socorro.

Após o acidente, a vítima foi encaminhada à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Itanhaém pelo advogado do condutor da charrete, ainda segundo o registro policial.

A Prefeitura de Itanhaém lamentou a morte e expressou solidariedade. A gestão municipal disse que está acompanhando o caso para que os fatos sejam esclarecidos e os envolvidos, responsabilizados.

O velório de Thalita está marcado para as 23h59 desta quarta-feira (26), no cemitério Jardim da Colina, em São Bernardo do Campo. O sepultamento está marcado para 11h de quinta-feira (27).


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