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Saúde mental, epidemias, envelhecimento e doenças crônicas devem ser foco de prefeitos, diz SindHosp

Por Folha de São Paulo

18/07/2024 21h45 — em
Variedades



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O SindHosp (Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de SP) entregou nesta quinta-feira (18) um guia com propostas para melhorar o sistema de saúde da cidade de São Paulo ao prefeito e pré-candidato Ricardo Nunes (MDB).

Saúde mental, epidemias, envelhecimento e doenças crônicas foram apontados pelo presidente do sindicato, o médico Francisco Balestrim, como os quatro assuntos mais importantes para a atenção de novos secretários de Saúde. Em formato de livro, o guia elenca os assuntos como principais eixos de discussão da saúde pública.

Há um livro especialmente para a capital e outro em termos gerais para todos os 645 municípios do estado.

No ano passado, o SindHosp também entregou um documento com propostas para melhorar o sistema de saúde pública do estado aos pré-candidatos ao Governo de São Paulo. "Me orgulho em dizer que está sendo aplicado", disse Balestrim durante a apresentação da entrevista, exibida no YouTube.

Os municípios formulam suas próprias políticas de saúde, além de auxiliarem na aplicação de políticas nacionais e estaduais.

Além de receber o documento, Nunes respondeu a perguntas de representantes do sindicato como abertura de uma série de entrevistas sobre saúde com os pré-candidatos mais bem colocados nas pesquisas --Guilherme Boulos (PSOL), Tabata Amaral (PSD), Pablo Marçal (PRTB) e Datena (PSDB) também foram convidados.

Nunes ligou a saúde pública à "saúde financeira" da cidade e elencou a abertura de UPAs, hospitais municipais, um centro de acompanhamento para pessoas transsexuais, e iniciativas específicas para mulheres. "Estamos fazendo revolução na cidade, especialmente na saúde", afirmou.

O prefeito disse ainda que a gestão conseguiu lidar bem com a pandemia em 2020 e tem feito um bom trabalho na área epidemiológica. "A gente enfrentou e está enfrentando a questão da dengue", disse. "Colocamos R$ 200 milhões a mais. Não veio vacina do governo federal e a gente não tinha o que fazer porque queria comprar a vacina e não podia. Infelizmente, algumas pessoas acabaram morrendo, mas a gente tem hoje o índice de 0,5 de óbitos de casos confirmados, no Brasil é 0,10". Segundo o painel de monitoramento do Ministério da Saúde, o índice no Brasil é de 0,07.

Questionado sobre a diferença de longevidade entre pessoas que moram em áreas privilegiadas de São Paulo e as pessoas que moram nas periferias, não soube apresentar uma proposta, mas afirmou ter uma "preocupação muito grande com a hipertensão que atinge a cidade de forma geral" e disse que havia centros e programas para melhorar a qualidade de vida de idosos da cidade.

Em relação às doenças crônicas, que os médicos afirmaram aumentar a procura por leitos nas unidades de Saúde, Nunes citou o trabalho em conjunto da prefeitura com órgãos privados e o programa de segurança alimentar implantado na cidade. "São 2,6 milhões de refeições que a gente distribui por dia", disse.

A conversa migrou para o número de pessoas em situação de rua no centro de São Paulo e Nunes falou sobre dependência de crack como questão de saúde mental e de segurança pública, citou os centros de tratamento prolongado, afirmou que é difícil convencer as pessoas a entrarem em tratamento e encerrou brincando "Falei para o Zé Marques me arranjar mais psiquiatras para prescrever internação compulsória e ele não quis"

Por fim, foi cobrado a, se eleito, "apresentar realmente o programa que pretende fazer na Saúde para que os eleitores possam acompanhar o que esta sendo feito" e questionado se poderia apresentar o que está sendo feito e o que vai ser feito na Saúde antes das eleições.


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