Tarifas de ônibus intermunicipais da EMTU terão reajuste de 4% a partir de 6 de janeiro
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As tarifas das linhas de ônibus gerenciadas e fiscalizadas pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) terão um reajuste médio de 4% a partir do dia 6 de janeiro de 2024. A planilha com os novos valores será publicada no site da empresa na terça-feira (31).
O reajuste, segundo a EMTU, é necessário para "garantir a qualidade na prestação de serviço à população e a segurança do sistema de transporte público". A empresa informa ainda que as tarifas variam de acordo com as peculiaridades de cada linha, como o tipo de serviço prestado e o trajeto percorrido.
Os veículos circulam por 134 cidades de São Paulo, divididas entre as regiões metropolitanas de São Paulo, da Baixada Santista, de Campinas, do Vale do Paraíba e Litoral Norte e de Sorocaba. São 900 linhas de ônibus vinculados à EMTU.
O último reajuste feito pela empresa foi de 13,64%, em 1º de janeiro deste ano.
REAJUSTE DA CAPITAL
A tarifa de ônibus na cidade de São Paulo também será reajustada e ficará entre R$ 5 e R$ 5,20 a partir de janeiro, segundo a SPTrans (São Paulo Transportes), da gestão do prefeito reeleito Ricardo Nunes (MDB). Os valores foram apresentados por integrantes da gestão municipal em reunião do CMTT (Conselho Municipal de Trânsito e Transporte) no dia 26 deste mês.
Caso consolidado, o aumento será de até 18,2% e foi calculado com base no reajuste da inflação dos últimos quatro anos. Sem o subsídio pago pela prefeitura às empresas de ônibus, o custo da passagem do transporte municipal atual seria R$ 7,62, quase o dobro dos R$ 4,40 cobrados, de acordo com o cálculo apresentado pelos técnicos da SPTrans.
Em 2024, o sistema de transporte público na cidade custou R$ 11,4 bilhões, dos quais 58,7% foram bancados com subsídios pagos com recursos públicos. A receita tarifária neste ano totalizou R$ 4,6 bilhões, a cifra mais baixa desde 2021, quando os passageiros voltaram a usar os ônibus após o período de restrição social durante a pandemia.
Na capital paulista, a prefeitura subsidia parte do transporte público e o percentual é calculado de acordo com o número de passageiros.
O valor repassado às empresas de ônibus neste ano foi o mais alto desde 2022, ano da retomada do transporte público pós-pandemia. Em comparação com 2023, a prefeitura pagou 10,6% mais subsídios. Em relação a 2019, no período pré-pandemia, a alta foi de 31%.
A gestão Nunes pagou R$ 10 milhões a mais por mês às viações desde a implementação da tarifa zero aos domingos, no fim de 2023, quando o prefeito ainda era candidato à reeleição. Com a gratuidade, o número de passageiros aumentou 20%, o que representou R$ 2,5 milhões de subsídio a mais cada domingo.
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