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Três brasileiros são presos em submarino com 6,5 toneladas de cocaína em Portugal

Por Folha de São Paulo

26/03/2025 23h15 — em
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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Uma operação conjunta das autoridades de Portugal e Espanha interceptaram um submarino semissubmersível carregado com 6,5 toneladas de cocaína no oceano Atlântico, a mais de 3.000 quilômetros de Lisboa e cerca de 920 quilômetros dos Açores.

Cinco tripulantes, sendo três brasileiros, um colombiano e um espanhol, foram presos. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados.

De acordo com a investigação, o submersível partiu do litoral brasileiro e tinha como destino algum ponto da Península Ibérica.

Segundo a Guarda Civil espanhola, esta foi a primeira vez que um submarino semissubmersível foi interceptado em mar aberto.

Em entrevista coletiva, o diretor nacional da Polícia Judiciária, Luís Neves, disse que os narcossubmarinos se aproximam da costa apenas o suficiente para serem abordados por lanchas, que realizam o transporte da carga ilícita para o continente.

Ainda segundo Neves, os tripulantes presos "não são aprendizes" e foram treinados para a ação criminosa que cruzou o Atlântico. O nome da organização criminosa responsável pelo caso não foi divulgado.

Imagens divulgadas pelas autoridades mostram o momento da apreensão e o interior do submarino.

A operação, batizada de Nautilus, foi elaborada após um alerta do Centro de Análise e Operações Marítimas (Narcóticos), órgão que reúne oito países da União Europeia e o Reino Unido com o objetivo de combater o tráfico de drogas nos mares.

A informação de que um narcossubmarino estava se aproximando de Portugal foi compartilhada pela Guarda Civil da Espanha e conduzida sob a supervisão do Departamento Central de Investigação e Ação Penal.

A Marinha Portuguesa mobilizou um conjunto de meios da Componente Naval do Sistema de Forças, incluindo recursos de comando e controle, patrulha e fiscalização, além da projeção de força no oceano.

Já a Força Aérea Portuguesa realizou missões de vigilância e reconhecimento, empregando radares de alta precisão que permitem "ver sem ser visto", totalizando mais de 17 horas de voo. A força aérea também foi responsável pela projeção logística via aérea das equipes envolvidas na operação.

O chefe do Estado-Maior da Força Aérea, general João Cartaxo Alves, destacou, durante a coletiva de imprensa, que essa foi uma operação sem precedentes devido à magnitude da apreensão, mas ressaltou que o combate ao narcotráfico já faz parte da rotina das forças militares portuguesas em cooperação com outras entidades, como a Polícia Judiciária e a Marinha.


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