Vereadores de SP aprovam novas CPIs em meio a embate sobre investigações paradas
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O plenário da Câmara Municipal de São Paulo votou em maioria pela instalação de duas CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito), nesta terça-feira (15), em meio a embate sobre a demora para o início de duas investigações já aprovadas.

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Em sessão desta terça, os vereadores aprovaram proposta de CPI de Janaina Paschoal (PP), sobre uso de dados biométricos em troca de criptomoedas pela empresa Tools for Humanity, e outra de Rubinho Nunes (União), sobre a fiscalização do excesso de barulho causado pelos pancadões.
Vereadores da oposição chamaram de golpe as aprovações, já que ainda não foram instauradas a CPI sobre as enchentes no Jardim Pantanal, na zona leste da capital, e outra que investiga habitações de interesse social.
As duas investigações foram aprovadas na semana passada e ainda não foram implantadas por demora na indicação dos integrantes pelas lideranças dos partidos. O prazo para isso ocorrer termina na quinta-feira (17).
O regimento da Câmara prevê que, mesmo que os líderes de partidos não indiquem os componentes das CPIs, isso pode ser feito pelo presidente da Casa, o vereador Ricardo Teixeira (União Brasil), o que também não tem previsão de acontecer.
As bancadas do PSOL e do PT entraram com ação na Justiça para a instalação das duas CPIs aprovadas.
Vereadores acusam o prefeito Ricardo Nunes (MDB) de ter dado ordens para impedir a investigação sobre os empreendimentos erguidos com descontos de taxa. A prefeitura é responsável por isentar as construtoras de pagamento das chamadas outorgas onerosas como um incentivo à oferta de habitações de menor custo à população de baixa renda.
Na prática, porém, essas habitações são comercializadas a preço e mercado e os novos moradores são obrigados a assinar uma declaração de que estavam cientes de se tratar de habitações de interesse social no momento da compra.
Em relação à CPI dos alagamentos no Jardim Pantanal, a oposição afirma que a ordem de barrá-la teria partido do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), devido às obras de drenagem no local.
"Estão dando um golpe na cidade de São Paulo", declarou o vereador Toninho Vespoli (PSOL).
O líder do governo na Câmara, Fábio Riva (MDB), negou que haja manobras por parte do governo. "A oposição está fazendo uso político das CPIs. Queremos CPIs responsáveis", disse o vereador.

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