Advogado ameaça CPI da Saúde com processo por abuso de autoridade
Manaus/AM - A CPI da Saúde, instalada na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), teve como depoente na oitiva desta quinta-feira, dia 16, o médico e conselheiro do Conselho Regional de Medicina (CRM), Ricardo Goes Figueiras, convidado para falar sobre a visita técnica realizada pelo CRM no dia 18 de abril ao hospital Nilton Lins.
Também deveria depor a proprietária da Norte Serviços Médicos, Criselídea Bezerra de Moraes, que chegou sob abalo emocional na CPI e com pedido para adiamento do depoimento.
De acordo com o presidente da CPI, Péricles Nascimento, um dos advogados da depoente, Celso Gioia, chegou a ameaçar de, caso não houvesse o adiamento, processar o presidente por abuso de autoridade. Antes ele afirmara que sua cliente ficaria em silêncio.
O conselheiro declarou, questionado pelo presidente da CPI, deputado Péricles Nascimento (PSL), que durante a visita, entre as 17h e 19 horas não havia pacientes naquele unidade hospitalar. Ricardo também disse que cerca de 90% dos leitos estavam devidamente equipados quanto a rouparia.
No entanto, o médico acrescentou que sua havia quatro unidades de tratamento intensivo (UTI) preparadas, de um conjunto de 16. Ele também declarou que a reposição de equipamentos de proteção individual (EPIs), caso houvesse atendimento de pacientes em massa estaria comprometida por falta de material para reposição.
Avaliação do CRM
O deputado Francisco Gomes, depois de contextualizar as pressões que envolviam o governo estadual e a Secretaria de Saúde (Susam), que saber se o Ricardo Goes, como médico, recorreria ao Nilton Lins como opção única para atender a demanda de pacientes de covid-19?
Ricardo Goes disse que não poderia fazer essa avaliação, pois não tinha conhecimento da situação da Susam naquele momento, mas, como médico, afirmou que recorreria a todos os meios, no entanto ressalvou a necessidade de avaliar caso a caso a disponibilidade de outros hospitais e o custo.
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