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Mouhamad e ex-diretora da UPA Tabatinga são condenados por desvios na saúde no Amazonas

Por Portal Do Holanda

04/05/2020 9h29 — em
Amazonas


Foto: Divulgação

Manaus/AM - Em nova condenação da Maus Caminhos, o médico Mouhamad Moustafá pegou mais 8 anos de prisão por desvios de R$ 153,6 mil da saúde do Amazonas em contrato de locação de equipamentos médicos para a UPA e Maternidade Tabatinga. A decisão foi da juíza federal Ana Paula Serizawa, na última segunda-feira (27). A ex-diretora da unidade de saúde, Pauline Campos, também foi condenada a prisão, assim como Priscila Coutinho e Jennifer Nayiara, demais envolvidas no esquema. 

De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), o desvio ocorreu no contrato do Instituto Novos Caminhos (INC) com a empresa Salvare Serviços Médicos para a locação de equipamentos hospitalares para a UPA Tabatinga. O aluguel dos itens foi pago em 11 parcelas de R$ 13,9 mil, entre agosto e 2015 a fevereiro de 2016, mas nem todos os equipamentos foram entregues, ficando constatado o desvio dos recursos de R$ 153.633,37, segundo a juíza federal. 

Dentre os serviços, foi identificado um contrato, cujo objeto é a locação de equipamentos hospitalares, mais especificamente, 1 carro de anestesia, 6 monitores cardíacos, 20 bombas de infusão, 1 tacógrafo, 1 eletrocardiógrafo e 1 ventilador mecânico, na UPA e Maternidade Tabatinga.

Mouhamad pegou mais 8 anos e quatro meses de prisão em regime fechado e multado em R$ 1 milhão, ele é apontado como o líder do esquema que desviou milhões dos cofres da saúde do Amazonas. A ex-diretora da UPA Tabatinga,  Pauline Sá Campos, foi condenada a 4 anos e dois meses de prisão em regime fechado e multada em R$ 78,8 mil. A juíza considerou que a médica contribuiu para o desvio de um aparelho. 

A advogada Priscila Coutinho, braço direito de Mouhamad no esquema e sócia-administradora da empresa Salvare, pegou mais 5 anos e 10 meses de prisão em regime domiciliar e multada em R$ 130 mil. O regime domiciliar foi concedido por Coutinho ser delatora no processo da Maus Caminhos. 

A enfermeira Jennifer Nayiara, que foi presidente do INC, pegou mais um ano e oito meses em regime fechado e multa de R$ 33 mil. Ela também é delatora e por isso teve concedido o direito de recorrer da sentença em liberdade. 


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ASSUNTOS: desvios saúde Amazonas, justiça federal, Manaus, maus caminhos, Mouhamad Moustafa, TRF1, upa tabatinga, Amazonas

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