Mouhamad é condenado por desvios no serviço de lavagem de lençóis no Amazonas
Manaus/AM - O médico e empresário Mouhamad Moustafá e mais três réus da operação Maus Caminhos foram condenados a 28 anos de prisão pelo superfaturamento no serviço de lavagem de lençóis prestados a unidades de saúde do Amazonas. A decisão é da juíza federal Ana Paula Serizawa que acatou denúncia do Ministério Público Federal (MPF). Os quatro réus ainda foram multados em R$ 1,6 milhão.
O superfaturamento denunciado no contrato é no valor de R$ 630 mil que foi fechado entre o Instituto Novos Caminhos (INC) e a empresa Ita Serviços Ldta., que tem como sócio-proprietário Erhard Lange, um dos condenados. Os serviços de lavanderia eram prestados na Maternidade Enfermeira Celina Vilacrez Ruiz, que fica em Tabatinga, e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Campos Sales, em Manaus, entre 2015 e 2016.
O MPF apontou que a Ita Serviços cobrava R$ 27,77 no quilo da roupa lavada que eram pagos pelo Instituto Novos Caminhos, porém a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas pagava R$ 2,77 pelo quilo, constando assim o sobrepreço.
Condenações
Mouhamad pegou 11 anos e oito meses de prisão em regime fechado e ainda multado no valor de R$ 1,2 milhão. A cunhada de Mouhamad, Priscila Coutinho, foi condenada a 8 anos e 4 meses de prisão domiciliar, isso porque ela realizou acordo de delação premiada. Ela também foi multada no valor de R$ 138 mil.
A enfermeira Jennifer Nayiara foi condenada a 2 anos e 20 dias de prisão no regime semiaberto e a pagar uma multa de R$ 15 mil. Enquanto ao sócio-proprietário da Ita Serviços, Erhard Lange, ele foi condenado a 5 anos e 10 meses de prisão em regime semiaberto ainda multado em R$ 250 mil.
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ASSUNTOS: Ita Serviços, justiça federal, maus caminhos, Mouhamad Moustafa, MPF, Priscila Coutinho, TRF1, Amazonas